O mercado automotivo brasileiro frequentemente oferece surpresas, e uma delas são os descontos agressivos em modelos que estão prestes a sair de linha. Um exemplo recente é o Renault Clio, atualmente o carro novo mais acessível do país, com preço de R$ 78.690. Diante desse valor, muitos consumidores cogitam a aquisição de um veículo seminovo ou usado. No entanto, promoções em carros zero quilômetro que serão descontinuados podem surgir como alternativas atraentes.
Essas ofertas podem variar significativamente, alcançando descontos entre R$ 30 mil e R$ 60 mil. Um caso emblemático foi o da Volkswagen Amarok em 2014, quando unidades do modelo antigo foram comercializadas com reduções de até R$ 60 mil nas concessionárias, devido à iminente chegada de uma nova geração.
Apesar do apelo financeiro, a compra de um carro que deixará de ser fabricado gera questionamentos. Será que vale a pena investir em um modelo descontinuado? Quais precauções devem ser tomadas antes de fechar o negócio?
Em análise sobre o tema, o especialista Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Profissionais de Educação Financeira, explora as implicações da descontinuação de um veículo e analisa as situações em que essa aquisição pode ser vantajosa.
Domingos destaca que a descontinuação de um modelo não significa, necessariamente, um mau negócio. É crucial avaliar o histórico de manutenção do veículo, a disponibilidade de peças de reposição e a valorização do carro no mercado de usados. Em muitos casos, a desvalorização já está incorporada ao preço promocional, tornando a compra interessante.
Além disso, é fundamental pesquisar sobre a reputação da marca e a sua assistência pós-venda, garantindo o suporte necessário para eventuais reparos ou substituições de peças. A compra consciente, com análise criteriosa dos prós e contras, pode resultar em uma economia significativa e na aquisição de um veículo em bom estado por um preço acessível.
