A Honda lança o WR-V no Brasil, um SUV que busca equilibrar funcionalidade, segurança, espaço e um bom nível de equipamentos. O modelo, que já contabiliza mais de duas mil unidades vendidas na pré-venda, sinaliza a prioridade da montadora japonesa na produção deste veículo.
Com preços partindo de R$ 144.900 na versão EX e R$ 149.900 na EXL, o WR-V já está disponível nas concessionárias de todo o país. A alta demanda impulsionou a fábrica de Sumaré, em São Paulo, a operar em sua capacidade máxima para atender aos pedidos.
O lançamento do WR-V faz parte de um plano estratégico da Honda, que prevê um investimento de mais de R$ 4 bilhões até 2030 para modernizar suas operações e competir no acirrado mercado brasileiro, especialmente com a crescente presença de montadoras chinesas.
O WR-V chega com uma vasta lista de itens de série e busca seu espaço tanto entre os SUVs subcompactos, como o Volkswagen Tera, Renault Kardian e o futuro Toyota Yaris Cross, quanto entre os compactos de categorias superiores, como VW T-Cross e Hyundai Creta.
Com a chegada do novo utilitário esportivo, a linha de SUVs da Honda no Brasil passa a ser composta pelos modelos WR-V (R$ 144.900 a R$ 149.900), HR-V (R$ 163.200 a R$ 209.900), ZR-V (R$ 214.500) e CR-V (R$ 352.900).
Sob o capô, o WR-V carrega um motor 1.5 de injeção direta, capaz de gerar 126 cavalos de potência e 15,5 kgfm de torque. A transmissão CVT proporciona uma condução suave no modo normal, enquanto o modo Sport eleva as rotações para retomadas e ultrapassagens mais ágeis. Apesar de adequado para uso urbano, o desempenho em estradas pode exigir mais paciência, com o motor apresentando um ruído considerável em acelerações mais fortes. O peso do WR-V, de 1.278 kg, superior ao do City Hatch, também influencia no desempenho.
A suspensão do WR-V, com uma calibragem mais firme, foi projetada para o conforto, absorvendo melhor as irregularidades do asfalto em comparação com o HR-V, que possui um ajuste mais esportivo. Em termos de estabilidade, a carroceria apresenta uma leve inclinação nas curvas, mas nada que comprometa a dirigibilidade.
As dimensões do WR-V o destacam no segmento: ele é 17 cm mais longo que o Tera e 13 cm maior que o Kardian. A altura também impressiona, superando os concorrentes em 18 cm e 11 cm, respectivamente. O design, com lanternas que se estendem pela tampa do porta-malas e uma grade dianteira imponente, contribui para a percepção de um veículo maior. O porta-malas, com capacidade para 458 litros, supera os concorrentes, como o Tera (350 litros), Kardian (358 litros) e Hyundai Creta (422 litros).
Internamente, o isolamento acústico deixa a desejar, com ruídos do motor e dos pneus invadindo a cabine. A ausência de tomadas USB ou USB-C na parte traseira, a falta de forração no apoio de braço dianteiro e a utilização de lâmpadas halógenas na iluminação interna também são pontos negativos.
Em contrapartida, o WR-V oferece um bom pacote de equipamentos de série, incluindo o Honda Sensing, um sistema de assistência à condução que engloba sistema de permanência e correção de faixa, frenagem autônoma de emergência e piloto automático adaptativo.
Em resumo, o WR-V se destaca pelo espaço interno, capacidade do porta-malas e nível de equipamentos. No entanto, o desempenho, isolamento acústico e acabamento poderiam ser aprimorados.